A ERA das Single Page Applications

Mónica Rodrigues
2 min readFeb 29, 2016

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Quem é que é do tempo em que não havia internet?

Quem é que é do tempo em que as páginas Web eram basicamente estáticas, com muito texto e imagens sem grandes estilos associados?

A resposta é: Grande parte de nós!

A internet tem vindo a mudar nos últimos tempos, a evolução tecnológica é quase que diária, novos navegadores e novas tecnologias surgiram e se nós não estivermos a par e não conseguirmos acompanhar caímos em esquecimento e ficamos para trás.

Hoje em dia os utilizadores das aplicações web pretendem cada vez mais aplicações fluídas, dinâmicas, ricas e com tempos de resposta rápidos. Além disso, cada vez mais se vê os utilizadores desta época a usarem dispositivos móveis tais como Iphone, Ipads, Surfaces, entre outros, obrigando a que as aplicações sejam suportadas em diferentes dispositivos e com diferentes resoluções de ecrã. Frequentemente os utilizadores pretendem aplicações web que permaneçam numa só página, como se de uma aplicação desktop se tratasse mas a correr num browser, obrigando assim a ter grande parte do seu código do lado do cliente, em Javascript. Refiro-me às conhecidas Single Page Applications também designadas pelo acrónimo SPA’s.

Atualmente grandes empresas como a Foursquare, Google Grive, Trello, Linkedin, entre outras, usam este modelo sendo o Google o pioneiro desta nova tecnologia. Em alguns casos até disponibilizam os API´s para os programadores.

É aqui que surge a necessidade de evoluir o Javascript que conheciamos à 10 anos atrás ou mais. Tornar a linguagem ainda mais orientada a objetos e construir frameworks que nos ajudem a ter o código mais estruturado e organizado com as responsabilidades bem separadas. É assim que nascem frameworks como o Angularjs, Ember ou até bibliotecas como o Typescript, Knockout e o Backbone, entre outras que nos ajudam no desenvolvimento de aplicações com estas exigências. O Javascript deixa de ser aquela linguagem que era vista apenas para dar funcionalidade aos botões de uma página para passar a ganhar poder no seu processamento e na forma de como é executada nos browsers. Por exemplo, o Nodejs que foi uma das tecnologias que apareceu recentemente e que serve tanto como servidor HTTP como executor de aplicações Javascript em desktop.

As SPA’s nem sempre fazem sentido em determinadas aplicações, é necessário analisar o que é pretendido para então se decidir pela implementação de uma SPA ou por uma aplicação de múltiplas páginas. No entanto, mesmo numa aplicação de múltiplas páginas podemos usar aquilo a que eu denomino de Mini SPA’s, que são pequenas SPA’s construídas para cada página. Por exemplo, a biblioteca Knockout é mais do que suficiente para servir esse propósito. No caso de querer desenvolver uma aplicação que seja inteiramente uma SPA poderá usar, por exemplo, o Angular que é uma framework mais robusta, estruturada e organizada.

Nota: A nova versão do ECMAScript não foi aqui referida propositadamente, sendo capítulo para um próximo post.

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Written by Mónica Rodrigues

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